A região da Beira Interior situa-se no interior de Portugal, junto à fronteira com Espanha, e é o local mais montanhoso de Portugal Continental. É uma região vinícola que engloba várias sub-regiões. Estas sub-regiões, conhecidas pela diversidade dos seus terroirs, podem produzir uma grande variedade de vinhos: Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel. Aqui existem cerca de 16.000 hectares de vinha e uma grande variedade de castas.
Os vinhos desta região caracterizam-se pelos diversos e distintos climas existentes na Beira Interior. Graças à altitude das montanhas, as temperaturas oscilam do muito quente e seco no Verão para ventoso e com neve no Inverno. Nos solos encontram-se o granito e o xisto fruto do relevo acidentado e montanhoso da região.
Da Beira nascem vinhos brancos, tintos, rosé e espumantes. Os tintos aqui produzidos definem-se como frutados e encorpados e os brancos, frescos e aromáticos.
O perfil do solo na Beira Interior não é homogéneo, isto deve-se às diferenças de altitude, relevo, humidade e temperatura.
A grande maioria desta região tem uma base granítica, esse granito apresenta diferenças sensíveis, com várias zonas arenosas, assim como áreas de xisto e filões de quartzo que, geralmente, são solos pouco férteis e pedregosos, o que controla de forma natural o vigor e a produtividade das videiras. Por outro lado, a zona onde se encontra a região, interioridade e, de alguma forma, a menor presença nos principais circuitos de distribuição de vinho, permitiu conservar grande parte do seu património genético vitícola.
As vinhas mais antigas, com diversas castas misturadas, mantêm as variedades mais tradicionas da região, adaptando-se às condições particulares daquele clima e solo ao longo de centenas de anos, originando vinhos de grande complexidade e forte sentido de identidade. Ao mesmo tempo, este clima seco não favorece as doenças da videira, pelo que a grande maioria das vinhas, tanto as mais recentes como mais antigas, são trabalhadas ou em modo de produção integrada ou em modo orgânico/biológico, contribuindo assim para a preservação e sustentabilidade ambiental, um dos grandes focos da Casca Wines.
Esta região possui cerca de 16 mil hectares de vinhas e uma grande variedade de castas. As castas podem ser divididas em três tipos, consoante a sua origem: as castas locais identitárias, isto é, as que estão há muito tempo na região e que, de alguma forma, caracterizam junto do consumidor; depois temos as castas nacionais, geralmente variedades nobres originárias de regiões limítrofes e que, em 20 anos, vieram elevar a qualidade média dos vinhos regionais; e por último, castas internacionais, caracterizados pela qualidade e notoriedade, ajudam muitas vezes a colocar os vinhos nos mercados internacionais.
Síria, Tinta Rufete e Fonte Cal são as destacadas ao nível de castas identitárias. A casta Síria é das mais procuradas nesta região pela sua qualidade sem igual nesta região, devido às terras altas, é caracterizada pela exuberância aromática e frescura. A Fonte Cal, uma uva local e que praticamente só existe nesta região, é cada vez mais a casta escolhida pelos produtores nesta região pela sua estrutura, cremosidade e elegância que dá aos vinhos. Existem ainda outras uvas brancas muito clássicas na região, como Fernão Pires, Malvasia Fina e Arinto.
A casta Tinta Rufete, dominante nas vinhas mais velhas, volta a entrar na escolha dos produtores depois de longos desprezada devido à cor débil que dava aos vinhos. Esta uva, quando bem tratada, em solos pouco férteis, origina tintos de enorme delicadeza, com fruta elegante e taninos suaves e polidos. Nas vinhas velhas encontramos igualmente, entre outras, as castas Trincadeira e Jean.
Nos últimos vinte anos, as vinhas modernas da Beira Interior acolheram outras diversas castas nacionais e internacionais como a Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca, Chardonnay, Syrah, Merlot ou Cabernet Sauvignon.
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